Inúmeros estudiosos do café descrevem em seus relatos a origem da planta e da bebida. De um modo geral, consideram que a planta é originária da Abissínia e que a bebida surgiu entre os abissínios e os povos árabes, difundindo-se no Iêmen nos séculos XV e XVI. Na segunda metade do século XVI, informações sobre a bebida circulavam entre os alemães, os italianos e os holandeses, que passaram a cultivar a planta no Ceilão a partir de 1658. Em 1706 alguns exemplares da rubiácea foram enviados ao jardim botânico de Amsterdã e de lá as sementes produzidas foram distribuídas para outros jardins botânicos europeus.

Por volta de 1714, um exemplar da planta foi enviado de Amsterdã para Luís XIV, sendo transferido para o Jardim de Plantas de Paris e, dessa pequena árvore (ou desse pequeno arbusto), o café foi transportado para as colônias francesas e, da Guiana Francesa, para o Brasil, onde chegou em 1727, no Pará. Do Pará, seguiu para outros locais, chegando ao Rio de Janeiro e em São Paulo já em fins do século XVIII.

Mas seria de fato no século XIX, que o café se tornaria fonte e sinônimo de riqueza para as cidades e vilas do Vale do Paraíba, para a cidade de São Paulo e, pode-se dizer, para o Império como um todo.

Este mapa foi elaborado a partir das datas informadas pelos seguintes autores:
Belli, B. Il Caffè il suo paese e la sua importanza (S.Paulo del Brasile) con 48 tavole, 7 diagrammi e carta delle zone caffeifere. Milano : Ulrico Hoepli, 1910, p.17-24. Motta Sobrinho, Alves. A civilização do café (1820-1920). São Paulo: Brasiliense, [19–?]., p.11-3 e 23.
Porto-Alegre, Paulo. Monographia do café história, cultura e producção. Lisboa : Viuva Bertrand & Cª Successores Carvalho & Cª, 1879, p.16-7.
Ukers, William H. All about coffee. 2.ed. New York: The Tea and Coffee Trade Journal Company, 1935, p.5.